FONTE: Uol.com.br
A indústria da música gravada, responsável pelas vendas de discos, cds, cassetes e música online, cresceu 0,3% em 2012 no mundo todo, o primeiro aumento registrado desde 1999, apesar da crise mundial e da pirataria digital, segundo informou nesta terça-feira (26) a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).
Na apresentação de seu relatório anual em Londres, a conselheira delegada da IFPI, Frances Moore, disse que as receitas chegaram a US$ 16,5 bilhões no ano passado e a indústria musical “se dirige agora rumo à recuperação”, impulsionada pelo auge digital.
As previsões são positivas para 2013, graças à expansão dos novos serviços digitais surgidos nos últimos anos como iTunes, Spotify e Deezer, que, se em 2011 estavam presentes apenas em 20 países, hoje se encontram em mais de 100, entre eles mercados emergentes como Brasil, Índia e Rússia.
Os formatos digitais reportaram em 2012 renda no mundo todo de US$ 5,6 bilhões, 9% a mais do consumo digital de 2011.
A Espanha fica distante dessa tendência com um crescimento de apenas 4% no formato digital, devido ao persistente empecilho da pirataria.
No total, a renda das companhias de disco por consumo digital em modalidades como downloads, subscrições, música e vídeos em “streaming” e serviços gratuitos financiados por publicidade já representam 34% do total de seu faturamento.
Segundo Frances, este auge digital permitiu que nove dos 20 principais mercados do mundo apresentem um balanço positivo frente aos dados de 2011: Canadá, Austrália, Brasil, México, Índia, Japão, Noruega, Suécia e EUA.
Além disso, na Índia, Noruega, Suécia e EUA, o consumo digital de música supera já o de suportes físicos.
“É difícil lembrar um ano na indústria da música gravada que tenha começado em tão boas condições”, admitiu Frances, para mostrar além disso como a indústria musical soube se adaptar à internet e aprendeu a se adequar à demanda do usuário.
Também são promissores os dados sobre as práticas de pirataria, um dos temas que mais preocuparam o mundo da música digital nos últimos anos, uma seção em que o IFPI destacou a expansão dos provedores de digitais nos cinco continentes.
“As músicas ilegais continuam prejudicando o mercado, e neste campo ainda ficam muitos desafios para enfrentar. Os governos deveriam fazer ainda mais esforços”, advertiu Frances.
Em geral, a IFPI considerou que o negócio da música digital está globalizando com rapidez graças à proliferação dos “smartphones”, dos tablets e dos novos serviços musicais com licença.
Se no início de 2011 o consumo de música legal pela internet era possível em 23 países, dois anos depois esses serviços já se encontram em mais de 100 países, com mais de 500 serviços legais de música por todo o mundo, que oferecem aos usuários acesso a cerca de 30 milhões de canções.
Além disso, o relatório afirma que os downloads legais cresceram 12% no mundo todo em 2012, chegando a 4,3 bilhões de canções.
Outro número da IFPI mostra o aumento de 44% registrado em 2012 com relação ao ano anterior nos serviços de subscrição, mais populares na Europa e que têm já 20 milhões de clientes no mundo todo, como é o caso do Spotify, com 5 milhões de usuários pagantes e e o Deezer, que já alcançou os 3 milhões.
Link original: http://musica.uol.com.br/noticias/efe/2013/02/26/industria-musical-apresenta-crescimento-pela-primeira-vez-em-13-anos.htm
O cantor Naldo recebeu no último sábado, dia 12 de janeiro, durante o show que realizou no Citibank Hall/RJ, o DVD de ouro pela vendagem superior a 25 mil cópias do álbum Naldo na Veia Tour, lançado em 2011. A homenagem foi entregue pelo presidente da gravadora Deck João Augusto, por seu empresário Marcos Menezes e por toda a sua equipe.
O show foi o último da turnê no Rio de Janeiro e contou com transmissão, ao vivo, pelo Multishow (TV e WEB). Durante a apresentação, o artista atingiu o primeiro lugar no Trending Topics do Twitter Mundial.
Presente no evento, nossa equipe pode sentir a vibração e energia de Naldo no palco, cantando sucessos como Exagerado, Chantilly e Amor de Chocolate; durante esta última, houve até apresentação de pole dance no palco. Um show a parte.
Naldo ainda leva sua turnê a Belo Horizonte, no Chevrolet Hall, no dia 26 de janeiro (já divulgado aqui no blog). A promoção é da BH FM. No mês que vem ele chega a SP, no Credicard Hall.
Segundo o site da Uol Entretenimento, a estréia do Big Brother Brasil 13 foi a pior da história do programa: marcou média de 25 pontos nesta terça-feira (8). No ano passado, o “BBB12” estreou com 33 pontos, dois pontos a menos do que o “BBB11”, que teve 35 pontos. Até então, as edições 10 e 2 tinham a menor audiência, com 30 e 29 pontos de média, respectivamente.
Paralelamente à queda na audiência, nas redes sociais crescem cada vez mais as críticas aos programas e as ações de repúdio. Será um sinal de que o BBB já “deu o que tinha que dar”? Será que o programa vai apresentar novidades interessantes que sejam capazes de reverter o quadro crescente de rejeição?
Bom, especulações à parte, o fato é que o reality show continua incrivelmente rentável para a Rede Globo, o que a motiva a permanecer com ele no ar. A emissora fatura com merchandising e patrocínios; e estes são investimentos que valem a pena para empresas que têm verba para investir em marketing, publicidade e propaganda: mesmo com a queda de audiência, o programa continua sendo assistido em todo o Brasil, por milhões de pessoas, e é capaz de influenciar comportamentos e induzir o consumo de produtos e serviços.
Ao contrário dos últimos anos, não está fácil fazer previsões para 2013.
A música sertaneja se abriu muito no ano passado, muita coisa ruim surgiu, e como era de se esperar, criou uma esperança de que gravando qualquer bobagem é possível fazer sucesso.
Por isso, em 2013, o grau de constrangimento com músicas deve facilmente bater seu recorde.
Como faço anualmente, segue uma lista de nomes e assuntos que devem entrar em pauta ao longo do ano. Se está faltando algum nome, dê uma olhada se eu já não comentei no ano passado. Se ainda assim achar que determinado nome deveria fazer parte desta postagem, é só deixar sua opinião nos comentários.
Lembrando que a postagem tenta adiantar algumas situações que podem acontecer no ano, não são chutes. Todos sabem que hoje ainda não se descobriu como se destacar sem fazer parte de um grande escritório ou sem ter algum tipo de parceria com pessoas fortes do meio. Por isso mesmo, alguns vários artistas bons em começo de carreira, mas ainda sem “poder”, não aparecem na lista abaixo.
-Israel Novaes
Ele deixou de ser novidade no ano passado, já se apresentou nas maiores festas do país, mas ainda segue tentando ser mais do que o cara da “Dodge Ram”. Falo do Israel com alguma insistência. Apesar de simples e sem muitos cuidados, o primeiro CD dele é muito bom, vale a pena ser baixado. Perto do que se vê por aí, há pelo menos 6 ou 7 músicas boas mesmo, todas composições dele, algo difícil de se ver hoje em dia. Tem imagem boa, tem músicas boas, e vem trabalhando pra melhorar sua postura no palco.
___
-O público
Há uma brincadeira que diz que, se o público não está gostando do seu trabalho, demita o público. A frase é irônica, e funciona para o nosso momento, em que muita gente diz que o problema são os jovens. O grande desafio de 2013 e dos próximos anos vai ser escapar do sertanejo ruim e conseguir reconquistar o público antes que ele simplesmente arrume um estilo mais legal ou mais “na moda” pra ouvir.
___
–Henrique e Juliano
Uma das melhores vantagens deles é que são rostos novos, produto novo. Gravaram um DVD recentemente em Palmas, passam uma boa impressão boa no palco, sabem cantar mesmo, e já começam bem o ano com “Não tô valendo nada”, gravada ao lado dos padrinhos João Neto e Frederico. Dentro da equipe que cuida da dupla, há uma empresa de divulgadores, o que garante que, pelo menos neste ano, a dupla ande bastante. Dupla promissora.
___
-O ano do constrangimento?
Em junho do ano passado, fiz uma postagem que acabou tendo alguns desdobramentos que eu não esperava. Escrevi “E o novo sertanejo vira piada. Com razão?”, por conta de um clipe postado na seção “vergonha alheia” do Kibe Loco, blog de humor. Propus que refletíssemos se o fato de ter virado de o clipe ter virado chacota não seria um claro sinal de que as coisas estavam no caminho errado. Muita gente achou que critiquei uma dupla que está batalhando por espaço (Athos Prado e Delluca), quando na verdade o problema é bem mais abrangente. Pelo jeito, 2013 promete. Nem bem começou o ano e o Kibe Loco postou, novamente como “vergonha alheia”, mais um clipe sertanejo.
___
-Gabriel Gava
Foi a maior surpresa do ano passado. Surgiu no Espírito Santo, que não tem tradição em revelar sertanejos, e foi fazendo a “Fiorino” crescer aos poucos até virar, de fato, um grande “hit“. Gava é do mesmo empresário de Leo Magalhães, artista de agenda cheia, mas de roteiro de shows bem mais focado no Norte/Nordeste, onde Gava vem sendo bem trabalhado. Além de estar sempre na estrada, o cantor é bem quisto por gente importante de televisão. Seu primeiro DVD sai no começo do ano. É um nome a se acompanhar.
___
–De olho
Há uma mania terrível em meio a pessoas que seguem a música sertaneja: acreditar no que ouvem sem se preocupar em confirmar a veracidade da história. A cultura do “fulano tá estourado em tal lugar” nunca cai em desuso, pois cada vez mais gente acredita. Pior, algumas duplas novas também caem, copiam o artista supostamente estourado, e também não chegam a lugar nenhum. Quem gosta mesmo de discutir música sertaneja, que em 2013 verifique se tal artista “estourado” tem agenda boa de shows, se as casas que ele toca são boas, se ele leva público e etc. O falatório é uma das coisas que mais atrapalha a nova geração.
___
-Laís
Segue bem fechado o espaço para mulheres no novo mercado, mas Laís já está encaminhada, e um dos primeiros objetivos é colocar uma música em trilha de novela. Ela tem um disco cheio de boas canções, com as lentas sendo superiores. Vai ouvir diversas vezes “outra Paula Fernandes?”, mas faz parte. Fato é que é ela vai precisar de uma canção bem forte pra passar por cima do olhar de desconfiança que recai em cima de qualquer mulher no sertanejo. Assista uma de suas canções.
___
-Lucas Lucco
Se ainda há espaço para cantores solo, Lucco pode ver seu nome ganhar espaço em 2013, apesar de gerar algumas discussões. Ele já gravou com o Catra e tem uma música chamada “Pac Man”, que automaticamente faz com que muita gente decida nem perder tempo com ele. No entanto, há coisas bem interessantes na curta carreira dele, como a mais recente e bonita “Pra te fazer lembrar”. Como tem bastante gente de olho nele, é um nome a se prestar atenção.
___
-Funknejo
Não sou contra a mistura, já que o sertanejo historicamente sempre foi muito aberto a outros estilos. O problema é qual funk o cantor resolve “adaptar”. Achei a gravação de “Ela é top”, do Leo Rodriguez com o McBola, a melhor parceria já feita até hoje. A música não fala palavrão, não tem conotação sexual, e tem melodia boa. Se “Louquinha” realmente pegar no carnaval, na versão do João Lucas e Marcelo com o Mc K9, preparem-se.
___
-Zé Ricardo e Thiago
Deixei pra falar sobre eles por último, já que não são mais novidade pra ninguém. Aos que não conhecem tanto o trabalho, a dupla é muito mais do que uma ou outra música legal. Emplacaram o “Sinal Disfarçado”, que andou muito bem por ser “atual” sem precisar apelar, e tem outras boas canções (“Turbinada” vai indo bem). O show deles é muito bom, eles realmente cantam bem, e agora fazem parte da Talismã, que vai fazer com que os dois se tornem rostos um pouco mais conhecidos. Se não embarcarem na onda do besteirol puro, tenho a impressão de que é uma dupla que pode surpreender muita gente.
___
O texto foi produzido por André Piunti para o blog Universo Sertanejo. Texto copiado na íntegra. Acesse o original: http://universosertanejo.blogosfera.uol.com.br/2013/01/08/previsoes-para-2013-o-que-vai-ser-destaque-na-musica-sertaneja/
“Será que a viola casa bem com o cavaquinho?
Será que sertanejo combina com o pagodinho?”
Assim começa “Demais da conta”, de Israel & Rodolffo. A música, que já virou sucesso em várias regiões do Brasil, conta com a participação do Thiaguinho, o “príncipe do pagode”. A proposta é misturar os dois ritmos e, consequentemente, os dois públicos. Assim já fizeram Michel Telo com Sorriso Maroto (É ‘nóis’ fazer parapapá), Bruno & Marrone com Michel Teló, Daniela Mercury com Fat Boy Slim, Marcelo D2 e muitos outros artistas: misturar ritmos e batidas para criar diferentes sonoridades em prol da boa música. Afinal, as pessoas podem ter gostos ecléticos e curtir diferentes estilos; então para que segregar?
O grupo Sambô vem com uma proposta também arrojada: numa “roda de samba”, tocam grandes clássicos do pop e rock no ritmo de samba e pagode, à moda brasileira. Janis Joplin, U2, Maroon5, Raul Seixas: vários grandes nomes da música ganham releituras com o jeito dançante e despojado do grupo.
Mais ou menos na mesma linha do Sambô, o Beat Samba House Music mistura a música eletrônica com vários outros estilos musicais, todos executados em ritmo de samba. De acordo com o vocalista, Rodolfo Pavan, a Beat Samba House Music se diferencia do Sambô no repertório, porque prioriza sertanejo universitário, pagode e música eletrônica. Os arranjos também são diferentes, numa pegada mais “samba-swing”, com levadas de violão e a mistura de música eletrônica.
Misturas criativas são sempre bem vindas; essa forma de transformar ritmos e estilos traz para o mercado novas propostas musicais, uma musicalidade diferente, que só vem a somar. E a música brasileira agradece.
FONTE: Terra
O vilarejo de Pinggy, localizado a uma hora da capital Pequim, vai receber cerca de R$ 4,6 bilhões nos próximos dez anos para se tornar o Vale da Música da China. Segundo informações publicadas pelo jornal britânico The Guardian, a ideia é concentrar na área estúdios de gravação, fábricas de instrumentos musicais, escolas voltadas para o ensino da arte, um hotel cinco estrelas e uma arena em formato de pêssego para a realização de shows.
“A música é um tipo de arte tão intangível. Agora, com este projeto, queremos transformá-la em algo que se possa ver e tocar”, explica o oficial do Governo chinês Zhao Wei, 30 anos, responsável por dirigir a iniciativa até o mês passado. O motivo para a realização do ambicioso projeto é que a China passou a ver com preocupação o fato de seu progresso nas artes não ter acompanhado o econômico nos últimos anos. Agora, o setor passa a ser visto com prioridade no país, com promessas de serem injetados bilhões de dólares para subsidiá-lo.
Uma frase proferida pelo presidente Hu Jintao em novembro ilustra bem o novo pensamento: “a cultura é o sangue vivo da nação”.
O anúncio vem acompanhado de lentas, porém concretas, melhoras no setor. Com uma taxa de pirataria que já foi “virtualmente de 100%”, de acordo com a Federação Internacional da Indústria Fonográfica, e um controle governamental sobre tudo o que é produzido no país, o Governo criou, no ano passado, um comitê para reforçar as leis de propriedade intelectual locais – o que incluiu começar a cobrar por downloads de músicas feitos na China. A mudança gerou, na comparação entre 2010 e 2011, aumento de 23% nas vendas de canções online. Além disso, nos últimos anos houve um boom de festivais de música no país.
No entanto, ainda há muito a ser feito. Por exemplo, há anos gravadoras major do mercado têm se mostrado desesperadas para adentrar o território chinês – Warner, Sony e Universal já possuem escritórios no país. No entanto, barreiras impostas pelo Governo tornam difícil a entrada de investidores internacionais no gigante vermelho.
Além disso, em vez de investirem em novos talentos, Governos usam verbas de incentivo à cultura para construir teatros e arenas. “Nenhum dinheiro vai para os artistas e, sim, para os intermediários”, lamenta Scarlett Li, fundador de um festival organizado na China, para quem falta no país desde compositores até músicos e bandas para manter o mercado aquecido. “Mas esses intermediários não estão no centro da criação de conteúdo. Nada disso faz sentido para mim.”
E os artistas sentem diretamente na pele tais problemas. Vocalista da banda pequinesa P.K. 14, Yan Haisong disse desconhecer alguém de seu círculo profissional que tenha se empolgado com a ideia de se criar o Vale da Música. “Combinar música com política é muito estranho. Se eles querem melhorar a cultura, precisarão, na verdade, se abrir um pouco mais”, opinou.
Publicado originalmente em: http://musica.terra.com.br/china-investira-r-46-bilhoes-para-criar-vale-da-musica,cbe90e55328db310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html
As mulheres à frente das rádios de Minas Gerais
Dedicação, comprometimento e paixão são os ingredientes do sucesso dessas guerreiras que estão à frende das emissoras
É fato que as mulheres, atualmente, ainda sofrem os males do machismo no mercado de trabalho: recebem salários menores, têm dupla ou tripla jornada de trabalho (porque cuidam da casa e dos filhos) e sofrem muita pressão quando assumem cargos de liderança. Ainda assim, as mulheres vão à luta e não perdem a garra e a coragem para conquistarem seu espaço no mundo dos negócios.
Nas rádios, segmento considerado tipicamente masculino, não é diferente: apesar das dificuldades, gestoras rompem tabus para conduzir projetos ousados nas emissoras de todo o país e de Minas Gerais; a paixão que envolve este segmento têm conquistado cada vez mais mulheres e o resultado é que o cenário tem mudado bastante: as emissoras do nosso estado tem ficado cada vez mais femininas! Nilzete, da rádio Super Minas FM de São Gonçalo do Sapucaí, se diz “contaminada” por essa paixão, e continua: “algum tempo atrás conheci duas grandes mulheres, a Rose da SuperSom e a Leid da Módulo FM; me senti bastante honrada e orgulhosa de tê-las conhecido, brinco com elas quando digo que somos as três mulheres mais poderosas do sul de Minas!”.
Conversamos com algumas dessas guerreiras que estão à frente das rádios de Minas Gerais. As histórias são muitas e difíceis, mas fabulosas. Muita água passou por debaixo da ponte e hoje vemos que a realidade tem se tornado menos ríspida, ainda que continue competitiva para nossas mulheres.
Wal Rocha, uma das gestoras da rádio CentroMinas, de Curvelo – que, junto com a diretora geral e coordenadora geral Zinha Rocha faz um trabalho incrível frente à emissora – diz que há 12 anos vive esse “casamento” com o rádio; “sempre fui uma ouvinte de rádio e admiradora desse veículo, da forma que a informação chega, do poder de entreter, e acompanhar as pessoas em qualquer lugar”. Hoje ela está à frente do departamento de produção de programas e promoções, como produtora executiva, dá assessoria para os anunciantes, com orientações sobre mídia, linguagem, público alvo e criação de campanhas e ainda é locutora pela manhã. “Gosto muito da minha profissão e para começar o dia, ainda entro no ar com O BOM DIA CURVELO, programa que eu apresento há 9 anos”, diz.
Muito tempo? Rose Barbosa, da Supersom de Uberaba, trabalha na rádio há 23 anos! E conta um pouco de sua história: “(…) vivi na fazenda até os 21 anos e, ao sair para tentar ser médica (vestibular), fui convidada pelo proprietário da SuperSom (Arnaldo Prata) a aprender rádio juntamente com ele. Me lembro disso como se fosse ontem. Aqui estou, quase 24 anos depois, ainda aprendendo a fazer rádio”. É uma vida, podemos dizer. Quase o mesmo tempo que Val Tinoco, gestora artística da Paranaíba FM (Uberlândia), que trabalha no segmento há 25 anos: “Comecei como produtora; de tanto dirigir locutores nas gravações, acabei na locução. Já fiz tudo no rádio: repórter de unidade móvel, produção, locução, programação, edição comercial e artística, coordenação de promoção, coordenação artística (…).” Recentemente, Val deixou a coordenação artística das rádios Cultura HD (Uberlândia) e Regional FM (Araguari) para assumir a da Paranaiba FM, rádio 100% sertaneja.
Assim como Wal Rocha, Renata Silva, da rádio Clube de Curvelo, está há 12 anos no rádio e parece ter nascido com o dom da locução. Tudo começou com a rádio comunitária que seu pai dirigia na cidade, com ajuda dela (que virou telefonista da emissora). “Meu pai ia de comércio em comércio para falar que tinha uma nova rádio na cidade, ele me ligava e pedia para que eu falasse a hora certa e o dial para sintonizar, eu só falava porque estava sozinha e ninguém me via, pois eu era muito tímida. Tínhamos apenas 04 CDs para tocar o dia todo. A dona de uma floricultura ouviu a minha voz e falou com meu pai que apoiaria a rádio se eu fizesse a propaganda dela”. Ela ganhou um programa e ficava esperando alguém comprar o horário para ser dispensada da função. Ainda bem que a equipe da rádio decidiu que o horário dela de programação seria invendável! Desde então Renata trabalha nesse veículo e hoje coordena a Clube de Curvelo. Beatris, da rádio Mundo Melhor (Governador Valadares), é a mais nova no segmento, desde 2008. Entrou após sua aposentadoria: “fui convidada a atuar como diretora adminstrativa em agosto de 2008. Confesso que não ouvia rádio, mas como me foi solicitado gerir recursos humanos (motivação) comercial e financeiro, aceitei o desafio”. Claro que, rapidamente, Beatris foi “obrigada” a criar o hábito de ouvir a emissora. Como gerir algo que não se conhece? Ela afirma que logo na primeira semana, viu que não dava para atuar separadamente. E continua: “tinha que conhecer a emissora no todo: programação, técnica, comercial . Daí fui ouvir as duas emissoras: AM e FM”. E fez um ótimo trabalho, a partir de então, mudando a estratégia de gestão da rádio, hoje super bem posicionada na cidade.
Há pontos em comum que unem essas coordenadoras, gestoras ou locutoras das rádios de Minas Gerais. Uma delas, além de serem do sexo feminino, é a paixão pelo que fazem. “Tudo o que tenho foi o rádio que me proporcionou; sou completamente apaixonada pelo meu emprego”, afirma Rose Barbosa. Wal Rocha diz que “trabalhar com que gosta é o que faz a diferença”. Val Tinoco acrescenta que a paixão pelo rádio é o que a motiva: “Amo TUDO. Criar uma promoção, idealizar, escrever o texto, gravar a chamada. Gostaria de ter tempo pra ficar mais no estúdio e fazer produções. Adoro”. “Hoje faço a programação musical com grande esforço e dedicação, e por amor”, diz Nilzete da Super Rádio Minas, de São Gonçalo do Sapucai. Programação esta que deu à rádio destaque na região no segmento de sertanejo. Hoje a rádio Super Minas FM é uma das mais importantes da região.
Mas o final feliz de todas elas foi conquistado à base de muita garra e perveverança. Nilzete diz que passou grandes dificuldades e até boicote por parte dos funcionários. Mas não desistiu: “fui em busca de conhecimento (…). Tenho certeza de que este foi um dos maiores fatores de sucesso da Super Rádio Minas”, afirma.
São muitas as dificuldades para as mulheres dentro desse segmento historicamente masculino, principalmente no interior de um estado tão tradicionalista e conservador como Minas Gerais “(…) o mundo do radio ainda é bem masculino. Na vendas de mídia e na direção, principalmente. A maioria não aceitam que mulheres os dirijam”, afirma Renata Silva, de Curvelo. Segundo Val Tinoco, “dominar o assunto, impor o respeito e respeitar é fundamental. Quando você domina o que faz, ninguém te enrola. Mas quem faz rádio, faz por paixão e isso já une as pessoas geral”.
Além das dificuldades impostas pelo machismo, há outras que são comuns a homens e mulheres. Wal Rocha diz que “(…) as mulheres ouvintes de rádio são mais exigentes e especialmente com outras mulheres. Eram 5 locutores homens e duas mulheres, hoje só eu de mulher no ar”. Responsa, né? Val Tinoco diz que os obstáculos nesse segmento nem sempre estão ligados à problemas de gênero, e explica que os problemas advém de “gestores que criaram históricos negativos; a limitação artística frente aos departamentos comerciais. Minha visão do rádio é: o artístico cria o conteúdo pro comercial vender. Na empresa que estes dois departamentos sentam e conversam e encaram suas fraquezas e aceitam críticas, tudo flui”. Val ainda afirma que, nesse sentido, a mulher tem uma vantagem, pois consegue ter uma visão holística de tudo e, inclusive, do setor. “A dificuldade, na minha opinião não está por ser mulher, mas na forma que donos e diretores encaram a evolução, credibilidade, poder e o que o rádio representa para seus 3 clientes fundamentais: ouvinte, anunciante e artista”.
Há ainda muitos desafios pela frente para quem trabalha no rádio, independente do sexo. “Muitas emissoras, para cortar gastos, assumem uma programação automatizada 24 horas”, diz Renata. E acrescenta que “o ouvinte não quer mais uma rádio automatizada de música e hora certa, e sim uma rádio que faz o papel de companheira no seu dia-a-dia, que aborda assuntos de seu interesse”. Aliás, é isso que fazem as gestoras artísticas: pensam estrategicamente a programação e cuidam dela, para que fique com uma plástica “afinada” e detenha a atenção do ouvinte. “A qualidade nos trabalhos é fundamental”, diz Wal Rocha. “programação bem direcionada. O regionalismo do rádio com uma visão universalizada… contextualizar e não limitar”, continua.
Sem dúvidas, ter uma gestão artística arrojada e alinhada com os interesses comerciais da rádio é fundamental para seu crescimento e projeção no mercado. Como disse Val Tinoco, “o maior desafio é o artístico e o comercial se entrosarem, para [a rádio] ter melhores retornos e vender com criatividade. Este, na minha opinião, é o maior desafio do rádio”. E, plagiando Wal Rocha, “desafios são oportunidades de crescimento”! Nilzete compartilha da mesma visão quando diz que “para quem gosta de superação, os desafios estarão sempre à disposição para serem superados; isso me motiva, pois gosto de desafios”. Tinoco continua: “É um veículo que tem excelentes vendedores, mas que às vezes ficam tão sufocados em ‘bater meta’ que acabam perdendo a criatividade, ou sem tempo de sentar e buscar algo novo para seu cliente. Não estou criticando os contatos, tenho vários amigos que são e admiro, porque sei que todos adoraram entrar na minha sala e conversar sobre como melhorar a entrega pro cliente dele. Infelizmente, isso não acontece em todas as rádios. Eu tive o prazer de vivenciar isso, e o resultado é outro”.
Do lado de fora da “bolha”, ou melhor, além das dificuldades características do setor, é preciso se atentar para o ambiente de negócios. Beatris, da rádio Mundo Melhor diz que é um desafio “acompanhar atentamente o avanço tecnológico, que muito contribui para expansão do rádio”.
Certamente, todas as mudanças que ocorrem no mercado e nas forças que atuam sobre ele – neste caso, forças tecnológicas – interferem em seu equilíbrio. Nesse sentido é preciso mesmo ficar atento às tendências e cenários. O mesmo acontece para as forças econômicas: com o mundo inteiro sofrendo crise econômica, algo interfere no dia-a-dia das emissoras, até mesmo as vendas de anúncios – para mais ou para menos. Mas isso é tema pra outro Dial na Web!
As mulheres de Minas
Apesas de termos citado apenas algumas mulheres do Estado, há várias outras que estão na gestão das rádios de Minas Gerais:
As citadas:
As não citadas:
Se deixamos de citar alguma, pedimos desculpas!
FONTE: Uai.com.br
POR: Carolina Braga – EM Cultura
Não há unanimidade sobre a principal mudança proposta pelo governo na Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Na semana passada, o governador Antonio Anastasia enviou para a Assembleia Legislativa projeto que reduz os percentuais da contrapartida obrigatória para empresas que deduzem do ICMS recursos destinados ao setor cultural. Se aprovadas, as novas regras vão vigorar nos próximos 10 anos.
Atualmente, funciona assim: se a empresa destina R$ 100 mil a um projeto cultural visando deduzir esse dinheiro do ICMS, poderá abater 80% desse valor. Em contrapartida, é obrigada a tirar do caixa 20% (R$ 20 mil) – recursos não deduzíveis – e aplicá-los diretamente na proposta que selecionou, previamente aprovada pelo estado.
De acordo com o projeto que tramita na Assembleia, a contrapartida não deduzível passará de 20% para 1%, 3% ou 5%, dependendo do faturamento da patrocinadora. A expectativa do governo estadual é de que mais empresas de pequeno e médio porte, inclusive do interior, invistam na cultura por meio da dedução de ICMS.
Ainda que as perspectivas de captação sejam ampliadas, há receio de parte de artistas e produtores atuantes em Minas em relação ao futuro. Sobretudo porque o mecanismo de incentivo cultural, de certa forma, viciou a relação das empresas patrocinadoras com a arte, o consumo do público e até mesmo com esferas governamentais. O poder de decisão sobre produtos culturais a serem oferecidos – com recursos públicos oriundos dos impostos – tem ficado, cada vez mais, a cargo de departamentos de marketing do setor privado. De certa forma, a redução da contrapartida reforça essa realidade.
“O raciocínio da classe é: quanto mais dinheiro agora, melhor. Mas qual o efeito disso? Estimula-se a prática de não investir diretamente na cultura. Se a lei de incentivo acabar, haverá um deserto na arte. O efeito pode ser perverso”, adverte a gestora cultural Karla Guerra.
A produtora Keila Monadjemi acredita que as mudanças vão facilitar a captação, principalmente junto a pequenas e médias empresas. Mas pondera: “Por outro lado, você desestimula o patrocínio direto, algo pelo qual estamos brigando há tempos. Inclusive, já tivemos alguns avanços”.
Rômulo Duque, presidente do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc-MG), afirma que o novo projeto chega em momento importante no contexto econômico mundial. “As empresas já não estavam conseguindo fazer frente ao valor real da contrapartida. Acreditamos que com essa mudança o panorama vá mudar radicalmente. Como os valores são praticamente simbólicos, acho que teremos maior demanda pela captação de projetos”, prevê Duque.
DESCOMPASSO
A adequação da Lei 17.615/2008 é reivindicada há muito tempo pelo setor artístico. Nos últimos anos, na mesma medida em que cresceram os inscritos para ter acesso ao mecanismo de incentivo fiscal, aumentou a lista de projetos aprovados pelo governo para captar esses recursos.
No entanto, o número de empresas investidoras não aumentou no mesmo ritmo. Ainda está em torno de 10 a 14 para 1,7 mil projetos/ano. O descompasso torna a captação de recursos cada vez mais difícil.
“Não sei se a mudança vai sensibilizar as empresas a nos patrocinar. A redução da contrapartida seria mesmo uma forma de seduzir o empresariado para a parceria? O que está impedindo o patrocínio? Serão mesmo os 20%? Ainda há muitas questões a serem discutidas”, afirma Carluty Ferreira, presidente do Movimento Teatro de Grupo.
“Não vou dizer que sou contra, mas também não sou a favor. Gostaria que houvesse mais debate. O setor cultural reúne diversos grupos. É papel do Estado ouvir o maior número de pessoas para tomar as decisões”, propõe Helder Quiroga, coordenador da ONG Contato.
AS MUDANÇAS
Hoje
» Percentual de dedução do
investimento no ICMS devido – 80%
» Repasse direto não deduzível (contrapartida) – 20%
Proposta do governo
» Empresas com faturamento anual
de R$ 3,6 milhões a R$ 14,4 milhões
» Percentual de dedução do investimento no ICMS devido – 99%
» Repasse direto não deduzível (contrapartida) – 1%
» Limite mensal – 10% sobre o valor do ICMS devido, até atingir o limite da dedução
» Empresas com faturamento de R$ 14,4 milhões a R$ 28,8 milhões
» Percentual de dedução do investimento no ICMS devido – 97%
» Repasse direto não deduzível (contrapartida) – 3%
» Limite mensal – 7% sobre o valor do ICMS devido, até atingir o limite da dedução
» Empresas com faturamento superior
a R$ 28,8 milhões
» Percentual de dedução do investimento
no ICMS devido – 95%
» Repasse direto não deduzível (contrapartida) – 5%
» Limite mensal – 3% sobre o valor do ICMS devido, até atingir o limite da dedução
Hoje
» Apenas empresas com dívida inscrita até 31 de outubro de 2007 podem abater o débito, por meio de apoio financeiro a projetos culturais
Proposta do governo
» Podem participar contribuintes inscritas em dívida ativa há mais de 12 meses, contados da data de requerimento do incentivador à Advocacia Geral do Estado
Fonte: Secretaria de Estado da Cultura
Texto copiado na íntegra do site da Uai. Link: http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_7/2012/12/10/ficha_agitos/id_sessao=7&id_noticia=61305/ficha_agitos.shtml
FONTE: Universo Sertanejo
Abaixo, a lista das músicas sertanejas mais tocadas na última semana, de 02/12/2012 a 08/12/2012.
A semana assistiu a uma mudança interessante. Luan Santana trocou a música de trabalho, e no entanto, conseguiu manter a primeira posição. “Te Vivo”, líder por semanas seguidas, caiu para a décima posição. Em primeiro, entrou “Sogrão Capricou”, recém-lançada.
A lista abaixo, na realidade, traz 12 canções por conta de um empate no número de execuções das três últimas, “Camaro Amarelo”, “Química” e “Te Vivo”.
Pelo que se percebe no segundo semestre, Luan é candidato a fechar o ano como o artista mais tocado, já que o trabalho de rádio, como se pode ver, tem sido bem forte.
___
01 – Sogrão Caprichou – Luan Santana (-)
02 – Quando você some – Victor e Leo part. Zezé di Camargo e Luciano (2)
03 – Anjo Protetor – Eduardo Costa (3)
04 – Eu não vou aceitar – Bruno e Marrone (5)
05 – É nóis fazê parapará – Michel Teló part. Sorriso Maroto (4)
06 – Criação Divina – Zezé di Camargo e Luciano part. Paula Fernandes (6)
07 – Livre – Fernando e Sorocaba (7)
08 – Turbinada – Zé Ricardo e Thiago (10)
09 – Gatinha Assanhada – Gusttavo Lima (9)
10 – Camaro Amarelo – Munhoz e Mariano (8)
10 – Química – João Bosco e Vinícius (-)
10 – Te Vivo – Luan Santana (1)